“Prevenção e tratamento de drogas na adolescência: intervenção baseada em evidências”

“Prevenção e tratamento de drogas na adolescência: intervenção baseada em evidências”

Os profissionais Dalzira da Silva, Marjorye Siqueira, Marina Caversan de Oliveira, Marcelo Ortiz de Souza, Agenor Pares de Lima e Nivaldo José Caliman, funcionários do Instituto Bairral de Psiquiatria, assistiram à palestra “Prevenção e tratamento de drogas na adolescência: intervenção baseada em evidências”, proferida pelo médico Dr. Ken Winters, da Universidade de Minnesota (EUA), especialista em pesquisas de prevenção e tratamento de adolescentes usuários e dependentes de drogas, que foi realizada em 14.6.11 no auditório Ulisses Guimarães do Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

Dentre os assuntos abordados, o palestrante enfatizou a importância dos fatores que protegem a criança e o adolescente contra o uso de drogas, tais como: pais próximos e atentos, participando da vida do adolescente; estímulo à competência acadêmica, que promoveria na pessoa uma maior auto- realização; ter um papel na comunidade e na escola em que está inserido.

Enfatizou que todos (família/escola/comunidade) têm um papel fundamental na tarefa de ajudar a criança a desenvolver autocontrole desde a infância. Tal condição poderá diminuir problemas na idade adulta, e auxiliará o adolescente em sua capacidade de julgamento e tomada de decisões mais acertadas em sua vida. Várias pesquisas foram mostradas, nas quais os resultados positivos acontecem; quando as redes estão associadas, o número de usuários diminui, por exemplo.

É preciso entender que o adolescente tende a ser influenciado por seus pares, costuma ser ávido por novidades e geralmente não pensa nas consequências de seus atos, portanto, assume maiores riscos. O palestrante ressaltou que o cérebro está em maturação nesta fase, e com isso os adolescentes tornam-se mais vulneráveis às drogas; e se vierem a fazer uso destas, chegam ao vício e à dependência até mais rápido que o adulto. O cérebro dos adolescentes é menos sensível aos efeitos negativos da droga e mais sensível aos efeitos positivos. Costumam perceber aumento de recompensa no uso do álcool, por exemplo, como a desinibição e não ter “ressaca” no dia seguinte.

O Dr. Ken Winters reforça que é importante buscar tratamento para o adolescente, mas este depende das necessidades de cada pessoa. Nem todos os tratamentos funcionam para todos os adolescentes. Percebe-se que adolescentes que conseguem suportar e lidar com pressões sociais, que têm respaldo adequado (amigos, pais, irmãos), têm melhores resultados na recuperação.

Devem ser levadas em consideração também prováveis comorbidades (TDAH, transtornos ansiosos, depressivos). O palestrante salienta que quando o adolescente se envolve com drogas precocemente, provavelmente existem outras desordens associadas, e a família deve sempre ser engajada e tornar-se parte ativa no tratamento. Abordou também o fato de que o cérebro termina de se desenvolver aos 25 anos, desde que se trate de um desenvolvimento normal, sem drogas.

O profissional que lida com adolescentes deve ter em mente algumas diretrizes que facilitarão o tratamento, como: reconhecer as características do desenvolvimento do adolescente; buscar uma relação empática, aceitando as resistências e procurando favorecer a ambivalência; ajudá-lo a pensar e funcionar como uma espécie de “freio”, entender que a pessoa leva tempo para alterar um hábito, que isso é um processo; o tratamento muitas vezes será longo, contínuo e necessitando de várias intervenções; deve -se acolher os pais, que podem estar muito angustiados; ajudar o adolescente a ponderar sobre seu uso de drogas (quais benefícios ele vê no uso, que valor a droga tem na vida dele), dar dados de realidade e conscientização; ajudá-lo a perceber os problemas em decorrência desse uso (memória, relacionamento familiar, alterações de humor, etc.). Um tratamento atrativo para adolescentes dependentes químicos deve envolver atividades terapêuticas que sejam lúdicas, esportivas e de lazer.

O Dr. Winters respondeu algumas perguntas, dentre elas quanto à legalização da maconha. Ele se diz totalmente contrário à idéia, e nas evidências em pesquisas verificou-se que legalizar é favorecer o aumento do consumo e, consequentemente, os danos em decorrência disso.

Marina, Nivaldo, Marjorye e Dalzira
Marina, Nivaldo, Marjorye e Dalzira
Dr. Marcelo, Nivaldo e Dr. Agenor
Dr. Marcelo, Nivaldo e Dr. Agenor
Marina, Ken Winters, Dr. Agenor, Marjorye, Dalzira e Dr. Marcelo
Marina, Ken Winters, Dr. Agenor, Marjorye, Dalzira e Dr. Marcelo

Instituto Bairral

Um modelo único de bem-estar mental.

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Os profissionais Dalzira da Silva, Marjorye Siqueira, Marina Caversan de Oliveira, Marcelo Ortiz de Souza, Agenor Pares de Lima e Nivaldo José Caliman, funcionários do Instituto Bairral de Psiquiatria, assistiram à palestra “Prevenção e tratamento de drogas na adolescência: intervenção baseada em evidências”, proferida pelo médico Dr. Ken Winters, da Universidade de Minnesota (EUA), especialista em pesquisas de prevenção e tratamento de adolescentes usuários e dependentes de drogas, que foi realizada em 14.6.11 no auditório Ulisses Guimarães do Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

Dentre os assuntos abordados, o palestrante enfatizou a importância dos fatores que protegem a criança e o adolescente contra o uso de drogas, tais como: pais próximos e atentos, participando da vida do adolescente; estímulo à competência acadêmica, que promoveria na pessoa uma maior auto- realização; ter um papel na comunidade e na escola em que está inserido.

Enfatizou que todos (família/escola/comunidade) têm um papel fundamental na tarefa de ajudar a criança a desenvolver autocontrole desde a infância. Tal condição poderá diminuir problemas na idade adulta, e auxiliará o adolescente em sua capacidade de julgamento e tomada de decisões mais acertadas em sua vida. Várias pesquisas foram mostradas, nas quais os resultados positivos acontecem; quando as redes estão associadas, o número de usuários diminui, por exemplo.

É preciso entender que o adolescente tende a ser influenciado por seus pares, costuma ser ávido por novidades e geralmente não pensa nas consequências de seus atos, portanto, assume maiores riscos. O palestrante ressaltou que o cérebro está em maturação nesta fase, e com isso os adolescentes tornam-se mais vulneráveis às drogas; e se vierem a fazer uso destas, chegam ao vício e à dependência até mais rápido que o adulto. O cérebro dos adolescentes é menos sensível aos efeitos negativos da droga e mais sensível aos efeitos positivos. Costumam perceber aumento de recompensa no uso do álcool, por exemplo, como a desinibição e não ter “ressaca” no dia seguinte.

O Dr. Ken Winters reforça que é importante buscar tratamento para o adolescente, mas este depende das necessidades de cada pessoa. Nem todos os tratamentos funcionam para todos os adolescentes. Percebe-se que adolescentes que conseguem suportar e lidar com pressões sociais, que têm respaldo adequado (amigos, pais, irmãos), têm melhores resultados na recuperação.

Devem ser levadas em consideração também prováveis comorbidades (TDAH, transtornos ansiosos, depressivos). O palestrante salienta que quando o adolescente se envolve com drogas precocemente, provavelmente existem outras desordens associadas, e a família deve sempre ser engajada e tornar-se parte ativa no tratamento. Abordou também o fato de que o cérebro termina de se desenvolver aos 25 anos, desde que se trate de um desenvolvimento normal, sem drogas.

O profissional que lida com adolescentes deve ter em mente algumas diretrizes que facilitarão o tratamento, como: reconhecer as características do desenvolvimento do adolescente; buscar uma relação empática, aceitando as resistências e procurando favorecer a ambivalência; ajudá-lo a pensar e funcionar como uma espécie de “freio”, entender que a pessoa leva tempo para alterar um hábito, que isso é um processo; o tratamento muitas vezes será longo, contínuo e necessitando de várias intervenções; deve -se acolher os pais, que podem estar muito angustiados; ajudar o adolescente a ponderar sobre seu uso de drogas (quais benefícios ele vê no uso, que valor a droga tem na vida dele), dar dados de realidade e conscientização; ajudá-lo a perceber os problemas em decorrência desse uso (memória, relacionamento familiar, alterações de humor, etc.). Um tratamento atrativo para adolescentes dependentes químicos deve envolver atividades terapêuticas que sejam lúdicas, esportivas e de lazer.

O Dr. Winters respondeu algumas perguntas, dentre elas quanto à legalização da maconha. Ele se diz totalmente contrário à idéia, e nas evidências em pesquisas verificou-se que legalizar é favorecer o aumento do consumo e, consequentemente, os danos em decorrência disso.

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