Uma atualização sobre os transtornos do humor na gestação e no puerpério

Uma atualização sobre os transtornos do humor na gestação e no puerpério

Estima-se uma prevalência de depressão na gestação da ordem de 7,4% no primeiro, 12,8% no segundo e 12% no terceiro trimestre, ou seja, condições bastante prevalentes na população feminina que engravida e que podem ter um importante impacto sociofamiliar e ocupacional, com riscos para o conjunto mãe e bebê. Daí a importância de profissionais da saúde estarem sempre atualizados sobre esta temática, sabendo reconhecer os principais fatores de risco, avaliar o spectrum da alteração de humor (desde o esperado dentro das gestações até estados mais graves e patológicos como a psicose gestacional e puerperal) e encaminhar e tratar de forma adequada para que o prognóstico seja a contento. Dentro desta perspectiva, os associados do Centro de Estudos Psiquiátricos Américo Bairral (Cepab) estiveram reunidos no mês de abril para discutir uma atualização sobre os transtornos do humor durante a gestação e no puerpério. Na ocasião, teve lugar uma palestra feita pela Dra. Nicole Nunes, médica-residente do segundo ano de psiquiatria do Instituto Bairral, que contou com a colaboração do Dr. Sérgio Tamai, médico psiquiatra do setor Vivenda do hospital, abordando questões práticas do dia-a-dia dessas difíceis situações.  A Dra. Nicole trouxe várias evidências sobre a perspectiva ética de se tratar gestantes com psicofármacos em contraposição aos riscos aumentados de não se tratar. Também mostrou as principais medicações que já receberam avaliações, desde as mais seguras até aquelas que devem ser totalmente evitadas. Cabe ressaltar uma matéria que tem circulado recentemente nas redes sociais que tenta associar o uso de inibidores de recaptação da serotonina (IRSS) durante a gestação e o desenvolvimento de autismo. No entanto, como bem alertaram os palestrantes, tal estudo não controlou os possíveis fatores confundidores. Ambos disseram que pode haver associação e não necessariamente causalidade nesta questão, e que este tipo de estudo tem gerado muito mais pânico do que de fato ajudado a fortalecer os fatores protetores para mulheres que engravidam ou desejam engravidar.

Médica Residente R-2, Nicole Ferraz Nunes e Médico Psiquiatra do Instituto Bairral, Dr. Sérgio Tamai.
Médica Residente R-2, Dra. Nicole Ferraz Nunes e Médico Psiquiatra do Instituto Bairral, Dr. Sérgio Tamai.

Instituto Bairral

Um modelo único de bem-estar mental.

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Estima-se uma prevalência de depressão na gestação da ordem de 7,4% no primeiro, 12,8% no segundo e 12% no terceiro trimestre, ou seja, condições bastante prevalentes na população feminina que engravida e que podem ter um importante impacto sociofamiliar e ocupacional, com riscos para o conjunto mãe e bebê. Daí a importância de profissionais da saúde estarem sempre atualizados sobre esta temática, sabendo reconhecer os principais fatores de risco, avaliar o spectrum da alteração de humor (desde o esperado dentro das gestações até estados mais graves e patológicos como a psicose gestacional e puerperal) e encaminhar e tratar de forma adequada para que o prognóstico seja a contento. Dentro desta perspectiva, os associados do Centro de Estudos Psiquiátricos Américo Bairral (Cepab) estiveram reunidos no mês de abril para discutir uma atualização sobre os transtornos do humor durante a gestação e no puerpério. Na ocasião, teve lugar uma palestra feita pela Dra. Nicole Nunes, médica-residente do segundo ano de psiquiatria do Instituto Bairral, que contou com a colaboração do Dr. Sérgio Tamai, médico psiquiatra do setor Vivenda do hospital, abordando questões práticas do dia-a-dia dessas difíceis situações.  A Dra. Nicole trouxe várias evidências sobre a perspectiva ética de se tratar gestantes com psicofármacos em contraposição aos riscos aumentados de não se tratar. Também mostrou as principais medicações que já receberam avaliações, desde as mais seguras até aquelas que devem ser totalmente evitadas. Cabe ressaltar uma matéria que tem circulado recentemente nas redes sociais que tenta associar o uso de inibidores de recaptação da serotonina (IRSS) durante a gestação e o desenvolvimento de autismo. No entanto, como bem alertaram os palestrantes, tal estudo não controlou os possíveis fatores confundidores. Ambos disseram que pode haver associação e não necessariamente causalidade nesta questão, e que este tipo de estudo tem gerado muito mais pânico do que de fato ajudado a fortalecer os fatores protetores para mulheres que engravidam ou desejam engravidar.

Médica Residente R-2, Nicole Ferraz Nunes e Médico Psiquiatra do Instituto Bairral, Dr. Sérgio Tamai.
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Fundação Espírita Américo Bairral | CNPJ 49.914.773/0001-72

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