CEPAB e Violência e sua Repercussão na Saúde Mental

CEPAB e Violência e sua Repercussão na Saúde Mental

O Centro de Estudos Psiquiátricos Américo Bairral (CEPAB) tem promovido encontros mensais de alto nível, sobretudo por trazer temas extremamente relevantes do ponto de vista da saúde pública e em consonância com o contemporâneo universo brasileiro e internacional.

No mês de abril de 2016 foi abordada a temática “Violência e sua repercussão na saúde mental” em palestra proferida pela médica psiquiatra Dra. Alessandra Diehl (supervisora da residência de psiquiatria do Instituto Bairral e atual presidente do CEPAB) e pelo médico-residente do segundo ano Dr. Leonardo Afonso dos Santos.

Os dois profissionais mostraram que, no mundo, mais de 1,3 milhão de pessoas são afetadas pelas diversas formas de violência (interpessoal, autodirigida e coletiva). Esta violência corresponde a 2,5% da mortalidade global. Entre pessoas de 15 a 44 anos a violência é a quarta causa de morte. Além disso, chamaram a atenção para o fato de que uma em cada três mulheres no mundo sofre violência por parte de seu parceiro íntimo. Globalmente, 7% das mulheres sofrem abuso sexual por terceiros que não são seus parceiros íntimos. E mais: 1 em cada 4 crianças no mundo é abusada fisicamente;  e 1 em cada 17 idosos já foi vítima de violência. Globalmente, mais de 500 jovens são assassinados por dia.

A importância destes números reside no aumento dos custos sociais com cuidados em saúde (em emergências e reabilitação), além do custo com previdência social, ausência no trabalho e na escola; perda de produtividade, desestruturação familiar e pessoal; perda da qualidade de vida entre adolescentes e jovens; fator impeditivo do planejamento familiar, morbidade e alta mortalidade, dentre outros.

Os médicos discutiram os tipos de violência, incluindo a violência racial, o terrorismo e a violência sexual, mostrando que, na verdade, estamos diante de “violências no plural”. Trata-se de um fenômeno de saúde amplo e complexo, com dimensões globais e consequências duradouras para a vida das pessoas e com alto custo social. A violência é passível de prevenção. Mas, infelizmente, os países ainda investem muito pouco em políticas púbicas que reduzam estes danos. A Dra. Alessandra Diehl mencionou que “a violência atinge o que se tem de mais valioso: a nossa dignidade”. Acrescentou que, apesar da Lei Maria da Penha ser um marco jurídico importante dentro do movimento de ativismo contra a violência contra a mulher no Brasil, sabemos que 10 anos depois da lei ter sido sancionada não houve impacto no número de assassinatos de mulheres no Brasil. Já o Dr. Leonardo Afonso lembrou líderes como Martin Luther King, Nelson Mandela, Malala, Gandhi e outros tantos que educavam para a paz em busca da prevenção da violência e a promoção de respeito, tolerância, busca de dignidade, por apegos que valorizam o humano e por projetos de vida que incluem o amor.

Dr. Leonardo Afonso dos Santos (R2 em psiquiatria do Instituto Bairral) e Dra. Alessandra Diehl (atual presidente do CEPAB).
Dr. Leonardo Afonso dos Santos (R2 em psiquiatria do Instituto Bairral) e Dra. Alessandra Diehl (atual presidente do CEPAB).

Instituto Bairral

Um modelo único de bem-estar mental.

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No mês de abril de 2016 foi abordada a temática “Violência e sua repercussão na saúde mental” em palestra proferida pela médica psiquiatra Dra. Alessandra Diehl (supervisora da residência de psiquiatria do Instituto Bairral e atual presidente do CEPAB) e pelo médico-residente do segundo ano Dr. Leonardo Afonso dos Santos.

Os dois profissionais mostraram que, no mundo, mais de 1,3 milhão de pessoas são afetadas pelas diversas formas de violência (interpessoal, autodirigida e coletiva). Esta violência corresponde a 2,5% da mortalidade global. Entre pessoas de 15 a 44 anos a violência é a quarta causa de morte. Além disso, chamaram a atenção para o fato de que uma em cada três mulheres no mundo sofre violência por parte de seu parceiro íntimo. Globalmente, 7% das mulheres sofrem abuso sexual por terceiros que não são seus parceiros íntimos. E mais: 1 em cada 4 crianças no mundo é abusada fisicamente;  e 1 em cada 17 idosos já foi vítima de violência. Globalmente, mais de 500 jovens são assassinados por dia.

A importância destes números reside no aumento dos custos sociais com cuidados em saúde (em emergências e reabilitação), além do custo com previdência social, ausência no trabalho e na escola; perda de produtividade, desestruturação familiar e pessoal; perda da qualidade de vida entre adolescentes e jovens; fator impeditivo do planejamento familiar, morbidade e alta mortalidade, dentre outros.

Os médicos discutiram os tipos de violência, incluindo a violência racial, o terrorismo e a violência sexual, mostrando que, na verdade, estamos diante de “violências no plural”. Trata-se de um fenômeno de saúde amplo e complexo, com dimensões globais e consequências duradouras para a vida das pessoas e com alto custo social. A violência é passível de prevenção. Mas, infelizmente, os países ainda investem muito pouco em políticas púbicas que reduzam estes danos. A Dra. Alessandra Diehl mencionou que “a violência atinge o que se tem de mais valioso: a nossa dignidade”. Acrescentou que, apesar da Lei Maria da Penha ser um marco jurídico importante dentro do movimento de ativismo contra a violência contra a mulher no Brasil, sabemos que 10 anos depois da lei ter sido sancionada não houve impacto no número de assassinatos de mulheres no Brasil. Já o Dr. Leonardo Afonso lembrou líderes como Martin Luther King, Nelson Mandela, Malala, Gandhi e outros tantos que educavam para a paz em busca da prevenção da violência e a promoção de respeito, tolerância, busca de dignidade, por apegos que valorizam o humano e por projetos de vida que incluem o amor.

Dr. Leonardo Afonso dos Santos (R2 em psiquiatria do Instituto Bairral) e Dra. Alessandra Diehl (atual presidente do CEPAB).
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Copyright © 2023 Bairral - Todos os direitos reservados.
Fundação Espírita Américo Bairral | CNPJ 49.914.773/0001-72

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