Apresentação de pôster de Terapia Ocupacional no XXXV Congresso Brasileiro de Psiquiatria

Apresentação de pôster de Terapia Ocupacional no XXXV Congresso Brasileiro de Psiquiatria

As terapeutas ocupacionais Aline Coraça Trevelin e Juliana C. dos Santos Ribeiro, que trabalham nos setores que tratam de dependência química (serviço SUS) do Instituto Bairral, apresentaram um pôster na categoria Prática Clínica no XXXV Congresso Brasileiro de Psiquiatria, promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e realizado em São Paulo (SP) de 25 a 28 de outubro de 2017.

Com o título “A reorganização da rotina do dependente químico”, o pôster das duas profissionais trouxe o relato do trabalho por elas desenvolvido, o qual tem como um dos focos principais o desdobramento de uma rotina com base em um instrumento de avaliação validado no Brasil denominado “Lista de Papéis Ocupacionais”.

A proposta aplicada busca auxiliar o paciente no resgate das funções e papéis ocupacionais perdidos e na reestruturação de uma vida autônoma e com maiores possibilidades de manutenção de um processo de recuperação/reabilitação.

Para tanto, ao término do tratamento no Bairral é realizada uma abordagem grupal, na qual os pacientes fazem um levantamento por meio do instrumento supramencionado, o qual apresenta 10 papéis ocupacionais definidos separadamente: 1) estudante; 2) trabalhador; 3) voluntário; 4) cuidador; 5) serviço doméstico; 6) amigo; 7) membro de família; 8) religioso; 9) passatempo/amador; 10) participante em organizações. Há também a categoria “Outro’ para serem adicionados outros papéis não listados, caso referidos pelo entrevistado (CORDEIRO et al, 2007).  Os pacientes são orientados a assinalar qual o período em que desempenharam o papel nos tempos passado/presente e se gostariam de realizá-lo no futuro, de maneira a conhecer quais deles foram perdidos, mantidos, ganhos ou mesmo nunca desempenhados por eles ao longo de suas vidas. Outro item que também é considerado nesta lista é a incumbência percebida pelo paciente, sendo identificado no que diz respeito ao grau de importância que o mesmo atribui para cada papel, com os seguintes graus a serem referidos: “nenhuma importância”, “alguma importância” ou “muita importância” (CORDEIRO, 2005). 

O preenchimento desta lista ajuda-os a reconhecer as perdas ocupacionais e sociais causadas pela dependência química e delimita os papéis que são considerados relevantes e que desejariam retomar no “futuro”. A partir deste ponto, é elaborada juntamente com os pacientes uma rotina na qual possa ser viabilizada a inclusão desses papéis.

Para facilitar a organização e a visualização das atividades que o paciente deseja desenvolver após a internação, é fornecida uma tabela com todos os dias da semana, intercalada com os horários dos três períodos: manhã, tarde e noite.  Nesta tabela é possível distribuir e visualizar as atividades selecionadas e incluir os horários que serão utilizados para o tratamento.  São fornecidos junto a este trabalho os horários e endereços dos grupos de autoajuda e tratamento ambulatorial para facilitar a procura por esses serviços.

Pode-se, assim, observar que esse grupo funciona como um catalisador para os processos de mudança da vida ocupacional do paciente, desde sua admissão até o momento de preparação para a alta. Ele consegue identificar os prejuízos causados pelo uso de substâncias e os benefícios do tratamento. Na elaboração da rotina enfoca-se a capacidade do mesmo de planejar e organizar sua vida ocupacional a partir de seus desejos, dentro de suas possibilidades, limitações e do ambiente no qual está inserido.

As terapeutas ocupacionais Aline Coraça Trevelin e Juliana C. dos Santos Ribeiro.
As terapeutas ocupacionais Aline Coraça Trevelin e Juliana C. dos Santos Ribeiro.

Instituto Bairral

Um modelo único de bem-estar mental.

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As terapeutas ocupacionais Aline Coraça Trevelin e Juliana C. dos Santos Ribeiro, que trabalham nos setores que tratam de dependência química (serviço SUS) do Instituto Bairral, apresentaram um pôster na categoria Prática Clínica no XXXV Congresso Brasileiro de Psiquiatria, promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e realizado em São Paulo (SP) de 25 a 28 de outubro de 2017.

Com o título “A reorganização da rotina do dependente químico”, o pôster das duas profissionais trouxe o relato do trabalho por elas desenvolvido, o qual tem como um dos focos principais o desdobramento de uma rotina com base em um instrumento de avaliação validado no Brasil denominado “Lista de Papéis Ocupacionais”.

A proposta aplicada busca auxiliar o paciente no resgate das funções e papéis ocupacionais perdidos e na reestruturação de uma vida autônoma e com maiores possibilidades de manutenção de um processo de recuperação/reabilitação.

Para tanto, ao término do tratamento no Bairral é realizada uma abordagem grupal, na qual os pacientes fazem um levantamento por meio do instrumento supramencionado, o qual apresenta 10 papéis ocupacionais definidos separadamente: 1) estudante; 2) trabalhador; 3) voluntário; 4) cuidador; 5) serviço doméstico; 6) amigo; 7) membro de família; 8) religioso; 9) passatempo/amador; 10) participante em organizações. Há também a categoria “Outro’ para serem adicionados outros papéis não listados, caso referidos pelo entrevistado (CORDEIRO et al, 2007).  Os pacientes são orientados a assinalar qual o período em que desempenharam o papel nos tempos passado/presente e se gostariam de realizá-lo no futuro, de maneira a conhecer quais deles foram perdidos, mantidos, ganhos ou mesmo nunca desempenhados por eles ao longo de suas vidas. Outro item que também é considerado nesta lista é a incumbência percebida pelo paciente, sendo identificado no que diz respeito ao grau de importância que o mesmo atribui para cada papel, com os seguintes graus a serem referidos: “nenhuma importância”, “alguma importância” ou “muita importância” (CORDEIRO, 2005). 

O preenchimento desta lista ajuda-os a reconhecer as perdas ocupacionais e sociais causadas pela dependência química e delimita os papéis que são considerados relevantes e que desejariam retomar no “futuro”. A partir deste ponto, é elaborada juntamente com os pacientes uma rotina na qual possa ser viabilizada a inclusão desses papéis.

Para facilitar a organização e a visualização das atividades que o paciente deseja desenvolver após a internação, é fornecida uma tabela com todos os dias da semana, intercalada com os horários dos três períodos: manhã, tarde e noite.  Nesta tabela é possível distribuir e visualizar as atividades selecionadas e incluir os horários que serão utilizados para o tratamento.  São fornecidos junto a este trabalho os horários e endereços dos grupos de autoajuda e tratamento ambulatorial para facilitar a procura por esses serviços.

Pode-se, assim, observar que esse grupo funciona como um catalisador para os processos de mudança da vida ocupacional do paciente, desde sua admissão até o momento de preparação para a alta. Ele consegue identificar os prejuízos causados pelo uso de substâncias e os benefícios do tratamento. Na elaboração da rotina enfoca-se a capacidade do mesmo de planejar e organizar sua vida ocupacional a partir de seus desejos, dentro de suas possibilidades, limitações e do ambiente no qual está inserido.

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